LeEco inicia sua expansão para o ocidente
Gigante chinesa começará a vender nos Estados Unidos, mas ainda não há previsão para os aparelhos baratos e potentes chegarem ao Brasil.
Conhecida anteriormente como LeTV, a fabricante de tecnologia chinesa LeEco vai iniciar suas atividades nos Estados Unidos, marcando o início da sua expansão para países do ocidente, como já era previsto. De acordo com a empresa, os negócios em terras americanas devem ter início ainda neste segundo semestre de 2016, mas as datas oficiais só serão informadas quando eles se estabelecerem definidamente nos EUA. Por enquanto, a empresa de tecnologia anunciou que está em busca de especialistas em Marketing para auxiliar na campanha de divulgação da empresa de celular por lá e na sua apresentação ao concorrido mercado norte-americano.
A LeEco começou no mercado asiático como uma empresa pequena de serviços digitais, e evoluiu para uma companhia de telefonia quando decidiu produzir seus primeiros modelos de smartphones com sistema operacional Android. Logo no lançamento, os dispositivos Le Max 2, Le 2 e Le 2 Pro foram um sucesso e transformaram de vez a companhia chinesa. Com preços baixos e configuração poderosa, o estoque com os primeiros aparelhos durou apenas algumas horas na China, mercado altamente consumidor de novas tecnologias.
O mais poderoso aparelho já lançado pela marca é o Le Max 2, que possui 6GB de memória RAM e o chipset Qualcomm Snapdragon 820, processador mais top de linha do mercado atual e presente em modelos como o LG G5, o Samsung Galaxy S7 e o HTC 10. Além disso, a LeEco foi pioneira em retirar as entradas P2 para fones de ouvido dos aparelhos, tendência que deve ser seguida pela Apple no lançamento do seu iPhone 7 em breve. Com tino aguçado para inovação, a LeEco prepara, ao que tudo indica, uma nova geração de aparelhos que fará com que a fabricante saia na frente novamente: smartphones com 8GB de RAM, que virão com um processador ainda mais potente, o esperado Snapdragon 821, que roda em velocidades muito mais altas que seu antecessor.
Apesar de lançar aparelhos cada vez mais poderosos, a marca chinesa consegue ainda manter preços intermediários. Isto é possível porque a companhia busca seus lucros não com a venda dos aparelhos em si, mas com produtos que são oferecidos atrelados aos smartphones. Além disso, há investimento pesado em inovação tecnológica e marketing, como é evidente, o que faz com que seus aparelhos lancem moda e se tornem os queridinhos do mercado chinês.
Apesar dessa fama, a realidade nos Estados Unidos será um pouco diferente. Ao aportar em terras americanas, a LeEco irá encontrar um mercado altamente competitivo e consumidores super exigentes. Contudo, se acertarem nas estratégias, poderão ter retorno exorbitante, dada a sede dos americanos apaixonados por tecnologia e inovação.
Apesar da boa notícia para as terras do Tio Sam, ainda não existe previsão para a marca desembarcar pelo Brasil. Se começassem a vender por aqui, nada garante que conseguiriam manter sua tendência de preços baixos e medianos, dada a política alta de impostos presentes no nosso país e a burocracia para a instalação de novas empresas. Devido a isto, já começamos a perceber uma baixa em empresas como a Xiaomi e a Sony no que diz respeito ao nicho de venda de aparelhos telefônicos por aqui.
Além disso, no Brasil há uma tendência cada vez mais forte de venda de aparelhos avulsos e desbloqueados, complicando um pouco a fonte de renda da empresa chinesa, que é atrelada a pacotes. Apesar disso, a vinda da companhia de telefonia móvel para o ocidente é animadora, visto que no futuro as coisas podem mudar e ela conseguir desembarcar no Brasil. Para o usuário, quanto mais concorrência melhor.